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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

... Direção

          Há momentos que procuro entender a minha indiferença... é difícil tentar compreender a si mesmo! Sei que as vezes surge um vazio que me suga e me cega. Tento ir em busca da tolerância mesmo que abstrata no meu silencio corrompido. Não te nego, mas me nego as vezes a seguir com os olhos abertos sobre o meu jeito de ser, de ver ou compreender esse meu mundo. Os meu valores continuam a existir, se escondem e se camuflam, mas afirmo, ainda sobrevivem na minha essência. Não sou o dominador hoje das minhas ações e reações. Posso dizer que é uma defesa que foi adquirida com a ferida que se criou e hoje, com cicatrizes, tento exterminá-las... olho para os lados, tento seguir sem culpa e caminhar numa única direção, a direção que poderá me levar sempre até você e unicamente a você. Fugir de nós mesmos nos faz refém das nossas sombras, dos nossos segredos mais obscuros e ocultos.
          Posso parecer distante mas constantemente luto para fazer valer a pena. A minha alma e meu coração correspondem ao que desejo mas confesso que o mundo me contamina... me deixa perdido e meio sem rumo. Da solidão já tive medo, assim como também, tive medo quando fui constantemente ignorado, indesejado, mal quisto... Não quero sofrer injustiças, não caminho na intenção de ser injusto, não caminho na direção que acredito que será bom só porque é bom pra mim... Sinto vontade de segurar com firmeza as suas lindas mãos e te guiar onde desejas chegar, mas sinto que estou exausto e sei que assim não é justo com você... logo com você que está tão presente, tão disposto a enfrentar quaisquer dificuldades na minha ou coletivamente, nas nossas vidas?
Quero te libertar e não consigo, quero me libertar e não  vejo como... me torno incapaz quando olho, ou simplesmente, lembro dos seus olhos com aquele olhar que só transmite verdades. Não há segredos, não há falhas... está isento de omissões, pois sua alma é transparente, é única e curiosamente cheia de amor. A sua alma eu sinto no seu abraço, aquele abraço que é o lado bom da vida, o que acolhe, conforta e protege, mas para valorizá-lo talvez será preciso perde-lo... Mas a verdade é que não quero correr esse risco! Algo dentro de mim grita, chora, se desespera... me remoo com essa dor!
          A vida tem sido comparada a uma corrida, mas esta alusão se aperfeiçoa se observarmos que os mais rápidos normalmente são os menos obedientes e os mais prováveis de perderem a direção. O fato é que existe a direção certa, a adequada ou ideal e a errada... e assim podemos discernir o certo do errado, o bem do mau. Estou certo do que é errado, de qual direção não devo ir... então, segure a minha mãe e me dê alicerce, apoio e condição de estarmos juntos para que eu não me perca na escuridão.

         Quero continuar a aprecias as pequenas coisas, pois um dia sei que poderei olhar para trás e perceber que elas sempre foram grandes coisas! 
Não quero encontrar a minha condenação no meu olhar frio e aparentemente sem amor. Quero exercer e proporcionar a segurança que seu coração necessita, que ele bata forte, mas num ritmo que traga confiança e esperanças para estar aqui nesse nosso abraço.

Eduardo luz

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