O que é “Wicca”?
Também conhecida por
Religião da Deusa e Antiga Religião, a Wicca é uma filosofia de origem
pré-cristã baseada no princípio de criação feminino, nos ciclos da natureza,
como as fases lunares e as quatro estações, revivendo o culto à Grande Deusa e
aos Deuses Antigos. Também inclui várias modalidades de magia e rituais que
buscam a harmonização pessoal.
Para seus adeptos, a
Wicca é considerada uma religião. Devido a popularidade que atingiu nos últimos
anos, várias hipóteses são criadas; desde sua origem até a forma como é
praticada atualmente. Portanto, as definições são amplamente maleáveis e a
Wicca torna-se um tema relativamente incerto.
O termo Wicca possui
provavelmente duas origens. A primeira está ligada a palavra saxônica Witch,
que significa dobrar, moldar ou girar. A segunda origem é relativa a raiz
germânica da palavra Wit, que significa saber ou sabedoria. Portanto, deduze-se
que Wicca pode significar moldar a sabedoria. É neste conceito que reside sua
essência: moldar (adaptar e utilizar) o conhecimento universal em próprio
benefício, sem prejudicar a ninguém. Porém, a palavra ainda carrega uma
conotação negativa e errônea, sendo associada ao satanismo, magia destrutiva e
cultos ou seitas opositoras ao cristianismo de um modo geral.
É a religião das antigas Bruxas e que não tem nenhuma ligação com o
satanismo.
As antigas Bruxas Wiccans não adoravam demônios nem o mal. Elas nem
sequer acreditavam nisso. Tudo isso foi uma infeliz invenção da religião cristã
durante a Inquisição.
Mas...então...no que os Wiccans acreditam?
Acreditam na Mãe Terra e no Deus Céu...na Mãe Lua e no Deus Sol...na
dualidade das forças criadoras...no aspecto feminino e masculino da Divindade
suprema que os católicos e outras religiões chamam de "Deus".
Essas duas forças se igualam e se equilibram em poder, podendo ser
invocadas quando precisamos de ajuda, da mesma forma que se reza a Deus em
momentos de dificuldades.
É apenas uma maneira diferente de se ver e se crer no Cosmo.
Além dessa diferença básica, os Wiccans não "rezam"
normalmente... praticam a magia no lugar
disso... mas a magia que difere da magia popular porque é através dela que
entram em comunhão com os Deuses.
Cultuam o sagrado Ciclo da Vida e da Morte... celebram os Sabats
(Samhain, Yule, Imbolc, Spring Equinox, Beltane, Midsummer, Lughnasadh e Autum
Equinox) e os Esbats( as 13 Luas). Estes dias são dias mágicos de muito poder.
Através da magia procuram obter força para enfrentar o destino. E, ao
contrário da crença popular, não usam o conhecimento para "amarrar"
ninguém, já que isso simplesmente contraria o único "dogma", o de não ferir
ninguém.
Acreditam em vidas passadas (a maior parte, pelo menos, visto que a
Wicca é uma religião muito individual... cada um a interpreta de acordo com si
próprio), e também na Espiral da Evolução, portanto procuram não fazer o mal
para não acarretar mais karma para si mesmos.
Wicca:
é uma religião neopagã
influenciada por crenças pré-cristãs e práticas da Europa ocidental que afirma
a existência do poder sobrenatural (como a magia) e os princípios físicos e
espirituais masculinos e femininos que interam a natureza e que celebra os
ciclos da vida e os festivais sazonais, conhecidos como Sabbats, os quais
ocorrem, normalmente, oito vezes por ano.
Prática de uma espiritualidade moderna, porém considerada religião natural,
"a mais antiga do mundo".
Pagãos & Cristãos
Paganismo é o termo usado para definir as religiões oriundas do período pré-cristão. Assim, as práticas pagãs se desenvolveram durante séculos. Até que em 330 d.C, o cristianismo passou a ser imposto aos povos de todo o mundo. As práticas pagãs foram consideradas heréticas e toda a religiosidade pré-cristã, bem como seus adeptos, tornaram-se alvos da intolerância católica.
A Igreja deturpou a real significação da crença pagã e a propagou como um culto demoníaco. Por exemplo, a imagem do demônio comum entre os cristãos, é um homem com chifres e patas de bode; muito semelhante à imagem do Deus Cornífero (é um termo moderno, criado para descrever numerosas divindades masculinas, a partir de uma gama de mitologias, mesmo que historicamente não relacionadas). Este é um forte indício de que a Igreja católica transformou a imagem de divindades anteriores ao cristianismo em símbolos maléficos. Assim, o sentido original assumiu um caráter negativista e destrutivo. Infelizmente, esta conotação se fortaleceu ao longo do tempo, e tudo que estivesse relacionado à bruxaria e Wicca, era visto como uma forma de anticristianismo. Este conceito errôneo foi se diluindo recentemente, à medida que estudos sérios e imparciais sobre as culturas pré-cristãs foram sendo divulgados.
Nesse período, certa de 5 milhões de mulheres foram queimadas, acusadas de bruxaria. Com isso a Igreja conseguiu conter o crescente poder que a imagem feminina estava adquirindo ao longo dos séculos, diante da chamada Deusa. Por conseqüência disso, foi gerada essa nossa sociedade masculinizada em quase todos os segmentos. Isso só veio a se alterar nos últimos anos, mesmo assim muito lentamente.
OBS: A Europa Ocidental ou Oeste
Europeu é uma parte da Europa cujas fronteiras dependem da definição. O
conceito de Europa Ocidental também está associado à noção de Mundo Ocidental.
Antes da Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, o termo "Europa Ocidental"
era usado para designar a parte de Europa que tinha raízes católicas ou
protestantes, ou seja, a área ocupada por Andorra, Áustria, Bélgica, Dinamarca,
Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein,
Luxemburgo, Malta, Mónaco, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, San
Marino, Suécia, Suíça e Vaticano. Foram nestes países em que a cultura
ocidental nasceu e floresceu, acabando por disseminar-se por todo o mundo.
Durante a Guerra Fria, quando a Europa Ocidental designava os países membros da
NATO e sob influência norte-americana, o termo era frequentemente usado como
contraponto ao Leste Europeu, que estava sob influência soviética. As
fronteiras entre os países do Ocidente e do Leste estavam bem defendidas e
patrulhadas, especialmente do lado oriental. A estas fronteiras dava-se também
o nome de Cortina de Ferro.
Até há pouco tempo, podia-se dizer com
segurança que a Europa Ocidental correspondia aos países da União Europeia,
adicionando-se a Islândia, a Suíça, o Liechtenstein, Andorra, a Noruega, San
Marino, Mónaco e o Vaticano.
Para a Organização das Nações Unidas, a Europa
ocidental compreende a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, a França, Liechtenstein,
Luxemburgo, Mónaco, os Países Baixos e a Suíça.
Witchcraft
(em português: "bruxaria") ou “the
Craft” por seus seguidores, que são conhecidos como Wiccanos ou Bruxos. Suas
origens contestadas residem na Inglaterra no início do século XX, mas foi
popularizada nos anos 50 por Gerald Gardner,
que na época chamava a religião de
"culto às bruxas" e "bruxaria", e seus seguidores "a
Wica". A partir dos anos 60 seu
nome foi normalizado para "Wicca".
A Wicca também
envolve a prática ritual da magia, (Magia não confundir com mágica ou truque)
antigamente chamada de Grande Ciência Sagrada pelos Magos, é uma forma de
ocultismo que estuda os segredos da natureza e a sua relação com o homem,
criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam ao desenvolvimento
integral das faculdades internas espirituais e ocultas do Homem, até que este
tenha o domínio total sobre si mesmo e sobre a natureza. Em grande parte influenciada pela magia
cerimonial do passado, (Magia Cerimonial
é a arte de invocar e controlar espíritos por meio da aplicação de certas
fórmulas.) Muitas vezes em conjunto com um código de
moralidade liberal conhecida como a Wiccan Rede, (Conselho Wiccano) é um
poema que apresenta diversos aspectos da religião neopagã Wicca. Embora não seja uma regra. Embora algumas tradições adorem o celta Cernunnos, (é o nome convencional dado nos estudos
celtas às representações do deus com chifres do politeísmo celta.
O Deus Cornífero para um Bruxo Moderno é o Consorte e Filho da Deusa Mãe, a Criadora e Incriada. Esta é a visão dos Neopagãos na religião Wicca.
Deus Cornífero
O Sagrado Masculino também existe
sob muitos nomes, entre eles Pan, Osíris, Dioniso, Herne, Cernunnos. Trata-se
da representação masculina da divindade. Os deuses têm muitas formas e nomes,
mas um dos aspectos predominantes em cultos antigos era o do Deus Chifrudo.
Calma, não é “o diabo”. Nas
civilizações antigas dos homens e na Natureza, os chifres são uma representação
do poder, masculinidade. Chifres sempre foi sinal de algo Divino. Na Babilônia,
por exemplo, o grau de importância dos deuses era identificado pelo número de
chifres atribuídos a ele. Além disso, os chifres foram incorporados pelos
homens ainda na Idade da Pedra, quando eles perceberam que se vestir como o
animal facilitaria a sua aproximação durante a caça.
Temos inicialmente, então, um Deus
da Caça. Mais tarde, vieram novas atribuições, como a de deuses protetores das
florestas, deuses dos animais, deuses da chuva, deuses do vinho, deuses da
colheita, entre muitos outros.
O Deus Cornífero foi transformado
no Diabo pelos cristãos com o simples e único objetivo de acabar com o culto
das bruxas na Europa Ocidental. Não havia outra razão. Muitos antes de o
Cristianismo emigrar dos desertos de Jerusalém, o Deus de Chifres era tido como
o símbolo da vida, da sexualidade, do êxtase e da liberdade.
No entanto, muitas deidades pagãs
foram absorvidas e adaptadas pelo Cristianismo. A própria história de Jesus é
baseada em muitos mitos pagãos, de Osíris a Dioniso. Levando em consideração
que tais deuses já existiam muito antes do período cristão, podemos ver que não
se trata de coincidência. Eram as crenças mesmo da época.
Quando os humanos caçadores
começaram a desenvolver uma sociedade agrícola, mantiveram consigo as antigas
deidades do mundo selvagem. O deus com chifres de gamo da floresta foi transformado
no deus com chifres de bode dos pastos. Isso em grande parte pela necessidade
de domesticarem animais numa sociedade agrícola. O deus das florestas tornou-se
então o deus das colheitas.
É a face do sagrado masculino que
exerce domínio sobre as florestas. Ele representa tudo o que é livre; é o
Caçador que representa a renovação, vitalidade, força e fertilidade. É o Deus
da Caça, tão clamado pelos homens desde o período Paleolítico.
Seus nomes variam de época e
cultura, sendo que alguns exemplos são Cernunnos, Pã e Dioniso.
Com a crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em derrubar Bruxaria, a figura atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e na atualidade resgatar o status deste importante Deus torna-se bastante difícil.
Aspectos
da vida relacionados ao Deus Cornífero:
- Atrair coragem, garra e vigor;
- Trazer fertilidade e gravidez;
- Livrar-se do estresse;
- Atrair o vigor sexual;
- Aumentar a percepção e os instintos;
- Resolver problemas difíceis;
- Estabilizar situações;
- Atrair prosperidade e riqueza;
- Buscar a razão;
- Invocar os poderes da fartura e da prosperidade.
O conceito de Magia
Wicca que se conhece atualmente, surgiu com os Celtas no período neolítico (
Na pré-história européia, portanto, não se aplicando à pré-história americana (incluindo o Brasil), Neolítico (pedra nova) ou Período da Pedra Polida é o nome do período que vai de aproximadamente do décimo milênio a.C., com o início da sedentarização e surgimento da agricultura, ao terceiro milênio a.C., dando lugar a Idade dos Metais.); nas
regiões da Irlanda, Inglaterra e País de Gales, atingindo posteriormente a
Itália e a França. Os Celtas surgiram por volta de 2 mil anos antes de Cristo e
provavelmente tiveram origem entre os povos indo-europeus da Ásia. Apesar do
povo celta ter se espalhado por terras tão distantes, seus costumes não se
fragmentaram. Pois o idioma, a arte e a religião sedimentavam a base cultural.
A raiz
filosófica-espiritual dos celtas era baseada no Druidismo, uma religião
politeísta que reverenciava duas divindades principais: a Deusa Mãe (chamada
de Ceridwen), que representa a criação e a fecundação onde todo o universo
se originou; e seu filho, o Deus Cornífero (chamado de Cernunos),
o pólo masculino que representa a fertilização. A única forma de alcançar as
divindades era mantendo uma estreita relação com a natureza. Até mesmo o
calendário era orientado através da natureza. Os celtas realizavam festivais
ritualísticos celebrando suas divindades, praticavam a agricultura e a cura
através das ervas.
Na organização
social Celta, os Druidas eram os sacerdotes, guardiões das tradições, cultura e
teologia. A classe sacerdotal era dividida entre homens e mulheres. Mas a
cultura era essencialmente matriarcal. A iniciação nos mistérios druídicos
durava em média 20 anos e os ensinamentos eram transmitidos oralmente, pois
temiam que a palavra escrita pudesse se tornar veículo de Magia incontrolável.
Ao se espalhar pela Europa, os celtas levaram suas crenças nativas que se
combinaram ao conjunto de crendices local, dando origem ao conceito primitivo
da Wicca
e por vezes seja confundida com
Satanismo;
(O satanismo é um grupo de
religiões composto por muitas crenças ideológicas e filosóficas e fenômenos
sociais) Os
wiccanos não crêem em Lúcifer ou em Satã.
Lúcifer (em hebraico, heilel
ben-shachar, הילל בן שחר; em grego na
Septuaginta, heosphoros)
é uma palavra do Latim (lucem ferre) que quer dizer
"portador de luz", representa a estrela da manhã (a estrela
matutina), a estrela D'Alva, o planeta Vênus, mas também foi o nome dado ao
anjo caído, da ordem dos Querubins, como descrito no texto Bíblico do Livro de
Ezequiel, no capítulo 28. Nos dias de hoje, numa nova interpretação da palavra,
o chamam de Diabo (caluniador, acusador), ou Satã (cuja origem é o hebraico
Shai'tan, que significa simplesmente adversário). Atualmente discute-se a
probabilidade de Lúcifer ter sido um Rei Assírio da Babilônia.
Rítuais
O Rito abrange todos os elementos integrantes do cerimonial, bem como a
parte gestual e a localização de cada objeto que tomará parte na operação.
O Ritual vem a ser a parte falada do cerimonial, onde se incluem todas
as invocações, evocações, conjuros, preces e orações proferidas pelo mago e/ou
magista.
Os wiccas praticam os seus rituais sozinhos (bruxos solitários) ou em pequenos grupos de pessoas chamado de coven. Um coven possui 13 membros (na maioria das tradições existentes admite-se 14 membros, sendo o décimo-quarto o mais novo do grupo, responsável por preparar os incensos, acender o fogo, colher ervas e outras pequenas tarefas). O coven é dirigido por uma Alta Sacerdotisa que gerenciam os trabalhos de adoração à Deusa, os trabalhos mágicos e cerimônias como os sabás e esbás. Uma explicação para que o coven seja formado por treze pessoas, é que cada uma representaria um mês do ano, pois nas sociedades matriarcais o ano segue o calendário lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "um ano e um dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para depois confirmar seus votos. Isto em algumas Tradições.
Existem diversas tradições dentro da Wicca. Algumas, como a Wicca
Gardneriana (é uma Tradição de Mistérios, Iniciática e de transcendência,
por isto é voltada para o desenvolvimento interior de cada um. É um caminho
sacerdotal e iniciático, uma Tradição que não aceita ou reconhece
auto-iniciações e a
Alexandrina, (é uma tradição wiccaniana fundada por Alex Sanders juntamente com
sua esposa, Maxine Sanders. Surgiu na Inglaterra em meados da década de
1960. Seguem a iniciática de Gardner; ambas são frequentemente denominadas de wicca
tradicional britânica, e muitos dos seus praticantes consideram que o termo
"Wicca" possa ser aplicado unicamente a elas. Outras, como o Cochranianismo, Feri e a Tradição
Diânica, tomam como principal
influência outras figuras e não insistem em qualquer tipo de linhagem
iniciática. Alguns destes não usam o termo "Wicca", preferindo
"Bruxaria", enquanto outros crêem que todas estas tradições podem ser
consideradas wiccanas.